Minha Traiçoeira Máscara de Neurotípica - O Peso do Masking Social no TEA/TDAH

0 Comentários
A minha luta foi do tamanho da minha máscara. O suporte que não tive foi conquistado com grande esforço. Um esforço inconsciente tão grande e tão bem feito, digno de Oscar. Tudo isso pra ganhar críticas! Críticas da sociedade e de mim mesma. Afinal, apoio pra quê? Se podemos nos mover com motivação. "Todo mundo faz, todo mundo aguenta... Todo mundo consegue!" E lá vai eu tentar ser todo mundo, carregando minha mochila de chumbo invisível.

Até que consegui muito, pra quem fez tudo com o dobro de dor e medo. Pensava que todos tinham a mesma dificuldade que eu tinha. O medo de andar sozinha na rua, a dificuldade de decorar caminhos, rostos, nomes e direções. O incômodo com milhares de sons e sensações. A atenção dividida, entre aquele turbilhão de sentimentos e os acelerados pensamentos sobrepostos. A ansiedade e o medo, de não perceber tudo o que era preciso. De não ler nas entrelinhas, de não ser antenada, ágil, comunicativa, simpática. Tudo normal, coisa que todo mundo faz.



Minha Adolescência Autista - Bullying, Hiperfoco na Moda e meu TPS.

0 Comentários

Graças a Deus, não fui uma autista sem amigos. Eu e a minha melhor amiga, ficamos próximas na educação física. Porque, eu era sempre a última a ser escolhida e ela a penúltima. Até hoje ela se acha por isso, mas tudo bem. Mesmo tendo poucas e boas amigas, passei por coisas que ninguém sabe.

Eu percebia a zoação na escola pelo meu jeito esquisito. Não foi nada tão hediondo sabe. Mas junta uma coisinha aqui, outra ali, e a gente até esquece o que é autoestima. O problema, é que eu tenho essa super audição pra ajudar. Além de ouvir mais alto, ainda sou capaz de prestar atenção em muitos sons ao mesmo tempo. Então eu ouvia aqueles comentários desnecessários na aula, na rua, no ônibus. Na maioria das vezes, era porque eu sempre tive um jeitinho muito meu de me vestir.


Minha infância Autista - O Brinquedo que não fazia Mágica de Verdade.

0 Comentários

Acho que eu sempre quis ser uma alquimista, também fui sempre muito inocente e acreditei em tudo. Isso foi bom e ruim.

Autista tem isso, de entender as coisas de forma mais literal. Além, de não conseguir mentir facilmente, ou perceber mentiras. Chamam de rigidez cognitiva. (Que nome meio feio. Eu penso bem fora da caixa pra ter isso, mas é esse o nome que deram.) Tenho muita história de infância engraçada por conta dessa tal rigidez. Um sentimento que me marcou muito, foi o sonho de ter o brinquedo "Show de Mágicas do Gugu".